Desde domingo há publicações no X (ex-Twitter) indicando que Roger Waters teve suas reservas em hotéis de Buenos Aires canceladas por conta de seu posicionamento político no conflito entre Israel e Palestina. O jornal argentino Página 12 já havia noticiado que Waters encontrava dificuldades para se hospedar. “Cancelaram minhas reservas no Hotel Faena e no Hotel Alvear. Eles não têm quartos”, relatou o ex-Pink Floyd à publicação argentina no último domingo (12), acrescentando que havia recebido “desculpas estranhas”.
Nesta quarta-feira (15), o Página 12 entrevistou Waters, que revelou que também tem problemas para encontrar hospedagem em Montevidéu, no Uruguai, onde se apresentará amanhã. Os shows em Buenos Aires estão agendados para os dias 21 e 22 de novembro.
“Fecharam para mim a cidade de Montevidéu, não tenho lugar para ficar. Tenho que voar diretamente para lá no dia do show”, disse o músico de 80 anos, que permanecerá hospedado em São Paulo.
“De alguma forma esse lobby israelense conseguiu cooptar todos os hotéis de Buenos Aires e Montevidéu e organizou esse boicote extraordinário baseado em mentiras que contam sobre mim… E sabe de onde vem isso? De Polly Samson, a esposa de David Gilmour [guitarrista do Pink Floyd com quem Waters tem uma rivalidade de longa data]. Ela é a única pessoa que já me acusou de ser misógino. E eles pegaram isso e colocaram na minha descrição geral”.
De acordo com o jornal argentino, Waters está “furioso” porque o imprevisto relacionado à hospedagem em Montevidéu o impedirá de se encontrar com o “amigo” José Mujica, ex-presidente uruguaio, numa reunião que estava prevista para a tarde desta quinta-feira (16).